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                   GLORIA GUTIERREZ ROCA 
                  (  Bolívia ) 
                  Pertenceu  a "Medio Siglo" que – 1951 — reuniu em ativo e promissor grupo juvenil,  adolescente.   Começou publicando em  jornais seus poemas com acento de encantadora rebeldia.  E depois não conseguimos seguir sua  trajetória literária. 
                    
                    
                    
                  TEXTO EN ESPAÑOL  -   TEXTO EM PORTUGUÊS 
                    
                  
                  BEDREGAL,  Yolanda.  Antología de la poesía boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977.  627 p. 
                  13,5x19 cm                                  Ex. bibl. Antonio Miranda  
                    
                  EJECUTORIA 
                     
                    Quiero irme de todas partes 
                      — soy completamente peregrina — 
                      me complica vivir quieta 
                      con alas ahuyentadas hacia todos los lados. 
   
                      De niña jugaba en la acequias, 
                      me gustaban sus aguas pensativas, 
                      me fascinaban los trenes 
                      quería saber la historia de todos los barcos hundidos 
                      (me provocan ternura los que no llegan a entregar su 
                      alegría.) 
                      Envidio a la gente de conformidad arraigada; 
                      posiblemente me canse de divulgar 
                      poco a poco me guste cuidar de mi jardín, 
                      sembrar y esperar las amapolas 
                      pero me obstino en ser individual 
   
                      Quiero estar sola — ser bastante yo — 
                      como si naciera de mí misma, 
                      sin dios que fortifique mis venas, 
                      sin aledaños interiores que me liguen a todas las cosas. 
   
                      Me obstino en ser individual 
                      en tener la certeza de los árboles 
                      creciendo en su propia naturaleza. 
   
                      No quiero en mis manos una ausencia palpable, 
                      ni nombres repetidos, 
                      ni recuerdos de últimos crepúsculos. 
   
                      En el centro de alguna parte 
                      (donde los jilguero no prolonguen la dulzura). 
   
                      ni el pan sepa a beso en las mañanas 
                      ni el adiós equivalga a mis hastíos 
                      ni el mar sea contacto para mi nostalgia. 
   
                      Me obstino en ser individual — definitiva—. 
                     
                    
                  TEXTO EM PORTUGUÊS 
                  Tradução de ANTONIO  MIRANDA 
                    
                  EXECUTÓRIA 
                     
                    Quero  ir de todas as partes 
                      — sou completamente peregrina — 
                      me complica viver quieta 
                      com asas afugentadas para todos os lados. 
   
                      Desde menina brincava nos açudes, 
                      gostava de suas águas pensativas, 
                      me fascinavam os trens 
                      queria saber a história de todos os barcos afundados 
                      (me provocam ternura os que não chega a externar sua 
                      alegria.) 
                      Invejo as pessoas de conformidade enraizada; 
                      possivelmente me canso de divulgar 
                      pouco a pouco me agrada cuidar de meu jardim, 
                      semear e esperar as amapolas 
                      mas me obstino em ser individual 
   
                      Quero estar sozinha — ser bastante eu  — 
                      como se nascesse de mim mesma, 
                      sem deus que fortifique minhas veias, 
                      sem limítrofes interiores que me liguem todas as cosas. 
   
                      Sou uma obstinada em ser individual 
                      em ter a certeza de árvores 
                      crescendo em sua própria natureza. 
   
                      Não quero em minhas mãos uma ausência palpável, 
                      nem nomes repetidos, 
                      nem lembranças de últimos crepúsculos. 
   
                      No centro de alguma parte 
                      (onde os pintassilgos não prolonguem a doçura). 
   
                      nem o pão com gosto de beijo pelas manhãs 
                      nem o adeus que equivale a meus fastios 
                      nem o mar seja contato para minha nostalgia. 
   
                      Me obstino em ser individual — definitivamente—. 
                     
                    
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                  Página publicada em junho de 2022. 
                
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